O surto da Covid-19 e o isolamento social imposto para conter o avanço da pandemia mudaram rapidamente as relações de consumo.
No setor da moda, o fato é que todos estão sendo atingidos de alguma forma. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) calcula uma queda de 80% nas receitas movimentadas pelo segmento. Esta porcentagem é fruto de uma pesquisa da Abit, realizada entre 16 e 26 de março, com 225 fábricas e confecções de todo o País.
Segundo o presidente da entidade, Fernando Pimentel, muitas empresas estão investindo no segmento hospitalar para diminuir o impacto da crise. “As empresas voltadas à produção de equipamentos médicos estão passando bem por este período, então várias fábricas estão convertendo suas produções para esse setor”.
Ainda nesse contexto de alternativas para driblar a crise – e sem qualquer certeza sobre quando os lojistas poderão reabrir seus pontos físicos – a indústria têxtil tem mirado nos produtos mais procurados pelos consumidores que investem no setor por meio de compras on-line. Aliás, se você mantém sua loja totalmente off-line, o momento exige que você migre para o serviço de vendas on-line.
Quem está comprando?
Os clientes mais jovens – entre as idades de 18 a 35 anos – estão mantendo a economia. Os praticantes do home office também estão estimulando o comércio de moda durante o expediente.
Pesquisa feita pela consultoria Iemi Inteligência de Mercado com 410 consumidores brasileiros de todas as regiões e classes sociais do país mostra que um terço dos entrevistados pretende comprar roupas e calçados durante a pandemia da Covid-19.
Entre os consumidores que pretendem comprar durante a pandemia, 76% disseram que farão compras pela Internet. Outros 16% disseram que vão esperar as lojas físicas reabrirem para comprar e 8% vão adiar as compras até saberem o que vai acontecer com o país após a quarentena.
Em relação aos meios de contato com as lojas, 58% dos consumidores que pretendem ir às compras disseram que estão usando o site da loja; 38% usam o aplicativo da loja; 38% usam o WhatsApp e 37%, o Instagram.
A pesquisa também indicou que 51% dos consumidores informaram terem recebido ofertas das lojas pelo celular (por SMS, WhatsApp, Instagram) após o fechamento das lojas físicas.
Assessoria da R.Baccin
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