O inverno de 2024 apresentou temperaturas mais quentes e voláteis que em outros anos, muito por conta das mudanças climáticas resultadas pelo aquecimento global e a crise climática.
Em vez de um aumento natural na venda de coleções de inverno, as altas temperaturas frustraram as expectativas de muitas lojas e marcas.
Se não é o frio que vai salvar as coleções de inverno 2024, são estratégias adaptativas. Para combater esse revés de inverno mais quente, muitas marcas e lojas de roupas resolveram adiantar suas liquidações de inverno. É sobre esse efeito que o artigo tratará.
Neste artigo, vamos explorar como o mercado da moda está enfrentando este desafio climático e como as liquidações de inverno podem ser uma solução viável.
Você que é empresária do ramo de moda não precisam se desesperar, pois há muito o que pode ser aproveitado se entender bem o cenário. Boa leitura!
Inverno difícil para o mercado da moda
Os dados econômicos e climáticos de 2024 explicam a queda de vendas no setor de moda. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as temperaturas médias encontram-se significativamente acima da média histórica ao longo de 2024. No Brasil, massas de ar seco sobre o continente dificultam a chegada do ar polar frio, resultando em um inverno menos rigoroso.
A Confederação Nacional do Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê uma movimentação financeira para o varejo de R$ 14,09 bilhões neste inverno, uma retração de 4,1% em comparação ao inverno de 2023.
Além disso, eventos climáticos extremos, como as enchentes e tempestades devastadoras no Rio Grande do Sul em maio, causaram impactos significativos. Esses eventos afetaram principalmente lojistas que têm mais lojas na região e dependem de fabricantes no Sul.
Globalmente, a Ásia também foi atingida por temperaturas extremas e inundações, o que pode fazer com que quatro dos principais países produtores de roupas (Bangladesh, Camboja, Paquistão e Vietnã) percam US$ 65 bilhões em receitas de exportação de vestuário.
Queda nas vendas dos grandes grupos de varejo
Os grandes grupos de varejo no Brasil também sentiram o impacto das temperaturas atípicas deste inverno. As ações de varejistas de moda caíram devido ao fiasco nas vendas.
A multinacional Schroders, em conjunto com a Universidade de Cornell, calculou que as grandes varejistas de moda mundiais foram severamente atingidas, representando uma perda de 5% dos lucros operacionais anuais devido à diminuição da produção na Ásia e ao encarecimento dos produtos.
No Brasil, o BTG comparou as vendas das maiores varejistas de moda em invernos entre 2010 e 2023 e detectou uma correlação direta entre temperatura e vendas.
As empresas mais atingidas na Bolsa brasileira foram: C&A (CEAB3) com +19,28%, Riachuelo (GUAR3) com +8,21%, Soma (SOMA3) com -17,58%, Lojas Renner (LREN3) com -26,76% e Arezzo (ARZZ3) com -20,42%.
Quanto maiores as temperaturas no inverno, menores as vendas e maior o acúmulo de estoques não vendidos, aumentando o endividamento dessas empresas.
O Caso C&A
A C&A é um caso à parte entre as grandes varejistas de moda. A empresa utiliza um modelo de negócios chamado “push and pull”, que se baseia em tecnologia e logística para lançar produtos variados em pequenas quantidades, aumentando a disponibilidade apenas se houver demanda.
Isso permite uma maior flexibilidade e adaptação às mudanças no comportamento do consumidor. Executivos da C&A mencionaram que as temperaturas impactam os resultados do segundo trimestre, mas que os efeitos podem ser mitigados por uma maior parcela de coleções mais leves.
Liquidação de Inverno antecipada
Uma solução que muitas empresas de moda e varejo encontraram foi adiantar a liquidação de inverno. Essa estratégia chama os consumidores para aproveitar os baixos preços com promoções, mesmo quando o clima não coopera com as vendas.
As coleções de inverno, que geralmente estreiam em maio, tiveram suas promoções adiantadas.
Apesar de os estoques não vendidos representarem dinheiro perdido e aumentarem o endividamento das empresas, a liquidação de inverno podem ser uma boa oportunidade.
Adiantar as liquidações diminui a margem de lucro, mas permite que as empresas aproveitem o momento e não saiam no prejuízo.
5 Dicas para vender mais durante as liquidações
Para que as lojas ou marcas de roupa possam aproveitar esse período de liquidação, aqui vão algumas dicas:
- Descontos à vista: Invista em descontos para compras à vista. Com os preços diminuídos, muitos consumidores podem preferir pagar à vista, o que é mais vantajoso para as lojas.
- Combos e ofertas para a família: Ofereça combos e descontos para compras em família. Descontos que variam de 20% a 70% podem incentivar compras maiores.
- Promoções atrativas: Crie promoções que atraiam os consumidores, como “compre 2, leve 3” ou “descontos progressivos”.
- Divulgação: Utilize as redes sociais e o marketing digital para divulgar as promoções. Quanto mais pessoas souberem das ofertas, maiores as chances de aumentar as vendas.
- Atendimento personalizado: Ofereça um atendimento personalizado para os clientes, mostrando os benefícios das compras durante a liquidação.
Para saber mais sobre como aumentar as vendas, acesse o blog da R. Baccin ou entre em contato para uma consultoria com nossos especialistas.
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As quedas nas vendas de inverno em 2024 devido às temperaturas atípicas e aos eventos climáticos extremos apresentaram um desafio significativo para o setor de moda e varejo. No entanto, com estratégias bem traçadas e aproveitando as liquidações antecipadas, é possível transformar esse momento em uma oportunidade.
A R. Baccin está aqui para ajudar. Com um serviço de assessoria personalizado e uma equipe preparada, podemos auxiliar sua loja a traçar estratégias eficazes para aumentar as vendas.
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